Tarte de Feijão (que de feijão nada tem) e(m) família
História engraçada... Sabem quando estão a ler uma receita e em vez de - digamos - 50g lêem 500g, e em vez duma sobremesa que era suposto ser uma espécie de tarte, húmida e doce - quase ao estilo conventual - acabam com uma espécie de bolo, bastante agradável na mesma, mas nada a ver com a versão original? Estão a ver onde quero chegar com isto? :) E foi assim que, de uma receita, nasceram duas. E como sabermos rir de nós próprios é uma virtude, no meu entender, decidi partilhar convosco a história... E ambas as receitas. A tarte de "feijão" e seu primo bolo de côco. Continuam interessados? A partir de agora isto vai funcionar ao estilo "você decide" (alguém da minha geração a ler, que percebeu a referência? ;)).
Fiz esta receita (a original) pela primeira vez há uns tempos para uma festa de família, a pedido da minha querida sogra. Adoro o papelinho que ela me deu (foto abaixo), faz lembrar as receitas antigas que a minha mãe tinha lá em casa, guardadas dentro duma caixinha de metal axadrezada que já tinha sido da minha avó, e que agora está na minha cozinha, cheia de papelinhos meus. É a receita mais simples de sempre, mas - ficam já avisados - muito pouco simpática para o pneuzinho, e para o colestrol. Leva toneladas de ovos e açúcar. Mas um dia não são dias, e temos de viver um bocadinho ;)
Este fim de semana tivemos um almoço de família lá em casa e aproveitei voltar a fazer esta receita... e consegui fotografá-la para partilhar convosco ;) MAS, e é aqui que entra a parte engraçada, ao reler a receita memorizei que levava 500g gramas de côco, e nasceu o primo da tarte - o senhor bolo de côco - que, apesar de ter partido de um erro, foi um sucesso. A boa da Inês, distraída como é, só se apercebeu deste pequeno pormenor já tinha a receita publicada, pelo que ela esteve online menos de 1h, e hoje volta a renascer, não das cinzas, mas e(m) família! [Bem que me parecia que tinha ficado mais alto, e mais seco do que me recordava, mas... entre o cansaço e eventuais questões de memória, desvalorizei...]
A boa notícia é que de uma, acabamos por ficar com duas receitas. E são ambas muito simples! São precisos 8 ovos, 500g de açúcar, e 50g (na versão original) ou 500g de côco ralado (na versão bolo de côco), e açúcar em pó para polvilhar. E é isto. Começei por bater os ovos com o açúcar, e depois envolvi o côco ralado. Coloquei tudo numa forma de tarte, forrada com papel vegetal e levei ao forno pré-aquecido a 180º. Cerca de 40 minutos depois estão prontos ;)
Ok. Agora entra aqui a questão do você decide: 1) se preferirem uma versão mais húmida, quase a puxar para o doce conventual, utilizem as 50g de côco; 2) para a versão alta, tipo bolo de côco, utilizem as 500g. Fica ao gosto do freguês. Fotos de ambos abaixo.
1) Tarte de Feijão (que de feijão nada tem)
2) ... e seu primo Bolo de Côco
E o papelinho, escrito pela mãe do P, que deu origem a tudo isto... ;)
Ingredientes:
1) Tarte de Feijão (que de feijão nada tem)
8 ovos
500g de açúcar
50g de côco ralado
Açúcar em pó para polvilhar
2) ... e seu primo Bolo de Côco
8 ovos
500g de açúcar
500g de côco ralado
Açúcar em pó para polvilhar
Bater os ovos com o açúcar, envolver o côco ralado e levar ao forno cerca de 40 mins a 180º graus. Para uma versão mais húmida, quase a puxar para o doce conventual, utilizem as 50g de côco; para a versão alta, quase tipo bolo de côco, utilizem as 500g. Ambas deliciosas, cada uma à sua maneira ;) Servir polvilhados com açúcar em pó.
Boas receitas!