Oláááá!! Aposto que tinham saudades. Agora entre o que partilho no facebook e no instagram no blog, tenho escrito menos posts aqui. Até porque quem leu uma receita de papas de aveia, leu todas. Só mudam os toppings ;) Só tenho publicado aqui as receitas realmente novas.
Este é um desses casos. Esta semana o P fez estas argolas de pota que ficaram maravillhosas. A receita fui eu que eu lhe passei por telefone, um dia em que saí tarde do trabalho. Mas a execução foi perfeita e ele merece todo o crédito por isso :)
O crumble levou linhaça, salsa, coentros, oregão e sal, triturados no processador de comida. Depois foi só envolver as argolas, devidamente descongeladas e secas, e levar ao forno com o resto da linhaça por cima, e um fio de azeite para finalizar. Foram ao forno cerca de 1h a 180º. Quando cheguei a casa ainda lhes dei umas voltas, para trocar as argolas de baixo com as de cima e ficarem todas bem cozinhadas. Ficaram no ponto, maravilhosas.
De acompanhamento, assámos (ao mesmo tempo que a pota) batatas e cenouras laminadas, temperadas com azeite e sal, acafrão das índias, pimentão doce, alecrim e oregãos, e salteámos bróculos com óleo de sésamo molho de soja e uma pitada de sal. No final, coloquei um fio de mel, e sementes de sésamo para lhes dar um toque diferente ;)
Ingredientes:
Um saco de argolas de pota congeladas
Sementes/ farinha de linhaça
Ervas aromáticas a gosto (usámos salsa, coentros e oregãos)
Podem-lhe chamar o que quiserem: scone, pão doce, bolo. Para mim, não sendo suficientemente doce para ser considerado bolo e doce demais para ser pão, parece-me razoável dizer que é um scone que se come à fatia ;) Para os pouco gulosos pode ser comido mesmo assim, para os outros, fica um mimo com um fio de mel! Como eu e o P somos muito gulosos, temos comido ao pequeno-almoço e lanche, regado com um bom fio de mel, e acompanhado de fruta ou de um sumo natural, feito com a preciosa ajuda da nossa máquina de sumos ;)
Para fazer o scone, misturei no processador de comida 1 chávena de farinha de côco, 1 chávena de aveia, 2 colheres de sopa de linhaça, 1 banana madura, 4 colheres de sopa de óleo de côco, 1 colher de chá de pasta de baunilha, 2 chávenas e meia de leite de amêndoa, 1colher de chá de canela, e 2 colheres de sopa de geleia de côco. Bati até a mistura ficar bem homogénea, coloquei numa forma untada com óleo e farinha de côco, e levei ao forno pré-aquecido a 180º. No nosso forno cozinhou cerca de 40 minutos, mas poderá variar. Quando estiver a ficar dourado, e passar no teste do palito, está pronto a ser comido. Deixem apenas arrefecer o suficiente para não queimarem a língua ;)
A textura e sabor deste scone fazem-me lembrar vagamente a sericaia. Ou, se quiser ser mais rigorosa, um cruzamento entre a tradicional sericaia e uma panqueca de aveia e banana. E é tão rico que uma fatia é o suficiente para satisfazer até os mais esfomeados durante umas horas. Acompanhado de fruta fresca ou um sumo de fruta, transforma-se um pequeno almoço bem nutritivo, com um toque indulgente que sabe tão bem... :)
Lembram-se de ter publicado um destes dias uma foto do gelado de arroz com crumble de côco? Podem encontrá-lo no facebook ou instagram do blog, mas de qualquer forma, esse mesmo crumble de côco serviu de base para este "cheesecake" vegan, que levámos para um jantar em casa duns amigos, e que estava - modéstia à parte - maravilhoso!!
A base, como referi, é de côco. No fundo é uma espécie de nougat de côco, mas que, quando desfeito, se assemelha a um crumble. Foi feito com 1 chávena de farinha de côco e 2 colheres de geleia de côco que fritei uns minutos com uma colher de óleo de côco até caramelizar. Fica delicioso polvilhado em cima dum gelado sem lactose como o de arroz da Naturattiva que comprei no Celeiro (e que se vê nesta foto), mas sobrou bastante "crumble" e decidi usá-lo como base do cheesecake.
Dica: não convém comprimir muito o crumble porque quando arrefece fica duro, e torna-se difícil cortar. Se isso acontecer, basta uns minutos no micro-ondas e ele volta a amolecer o suficiente para se conseguir desfazer em migalhas. Felizmente apercebi-me antes de colocar as restantes camadas e a coisa resolveu-se facilmente ;)
Em cima desta base de côco, coloquei um creme de tofu e tâmaras, semelhante ao que publiquei aqui: http://receitastolerantes.blogs.sapo.pt/creme-de-tofu-com-canela-28731. Em vez do tahini, coloquei 2 colheres de sopa de leite de amêndoa, que tornou a mistura bastante cremosa e ajudou na altura de barrar em cima do crumble.
A terceira e última camada foi uma compota de ameixa caseira que levou 3 ameixas, sem casca, 50g de pasta de tâmara, 1 colher de sopa de geleia de côco e 1/2 copo de água. Deixei cozinhar durante cerca de 20 minutos, e deixei arrefecer um pouco antes de juntar às restantes camadas.
Por fim, levei o cheesecake ao frigorífico durante umas horas, e servi bem fresquinho :)
Faz-me confusão escrever um título com apenas uma palavra. Mas não me pareceu adequado escrever gaspacho à espanhola, ou alentejano porque na realidade é a minha versão do gaspacho. Uma adaptação do que conheço ser a receita original, mas com o meu toque ;)
Eu até nem sou especialmente fã de gaspacho. "Sopa" e "fria" são dois conceitos que nunca encaixaram na minha cabeça. Para isso, prefiro comer uma salada. Mas com o calor que se tem sentido, andava mesmo a apetecer-me gaspacho. Já para não falar que é a receita perfeita para gastar o tomate e pepino que trouxemos de casa dos pais do P há umas semanas. Entretanto já recebemos nova remessa, portanto cheira-me que nas próximas semanas vai haver mais gaspacho cá por casa ;)
A parte mais complicada do gaspacho é descascar e retirar as sementes ao tomate. para facilitar o processo, marcámos uma cruz na parte de baixo de 4 tomates e colocámos num tacho cerca de 2 minutos, apenas o suficiente para os escaladar e a pele começar a soltar-se naturalmente. Retirámos, colocámos em água fria, e o P esteve pacientemente retirar-lhes a pele e sementes e a cortá-los em pedaços pequenos.
Entretanto, num processador de comida, juntei 1/2 pimento vermelho - costuma ser feito com verde, mas é mais indigesto que o vermelho e em termos de sabor é praticamente a mesma coisa - 1/2 pepino sem casca e sem sementes, 3 dentes de alho (os meus eram pequenos, se forem maiores 2 é mais do que suficiente), 2 colheres de sopa de azeite e outras 2 de vinagre de vinho tinto, sal, uma mão cheia de salsa, uma pitada de pimentão doce e água até cobrir os legumes. Pulsámos 1 ou 2 vezes, retirámos uma parte do preparado para uma taça, processámos o restante até ficar tudo bem triturado, e juntámos tudo. Desta forma ficámos com um gaspacho fresco e cremoso ainda com alguns pedaços. Por fim, polvilhámos a "sopa" com oregãos e para comermos o gaspacho bem fresquinho, juntámos umas pedras de gelo.
Quem preferir o gaspacho mais inteiro, nem precisa de usar o processador. Basta partir tudo em bocadinhos pequeninos, e colocar numa taça com a água e gelo e está pronto a comer ;)
Andava há uns dias a "brincar" com a ideia de fazer um caril com fruta, algo leve e fresco que combinasse com os 30+ graus que se têm sentido por Lisboa. Aproveitei duas postas de perca que tinha perdidas no congelador, e uma manga madura cujo aroma me andava a seduzir há dias, mas acredito que fique igualmente espetacular com corvina ou outro tipo de peixe da vossa preferência, e eventualmente com ananás em vez da manga.
A receita é muito simples. Comecei por fritar duas colheres de chá de caril, duas de acafrão e uma de coentros secos numa colher de chá de óleo de côco para ativar os sabores. Depois juntei uma curgete cortada em cubos e deixei cozinhar uns minutos, antes de juntar as postas de perca, meia lata de leite de côco, umas pedras de sal, e um pouco de água e deixar cozinhar cerca de 15 minutos. Quando estava quase pronto juntei 1 manga partida em pedaços, 1/2 saco de miolo de camarão congelado e deixei cozinhar mais 5 minutos.
Por fim, corrigi o sal e a pimenta, e deliciámo-nos com esta iguaria acompanhada de arroz basmati com bastante salsa, que cozinhei enquanto preparava o cari. Simples simples, e mega saboroso.
A manga deu-lhe um toque fresco e doce que ficou perfeito com o leite de côco e o caril. E a vantagem de ter juntado a curgete e as gambas foi que com 2 postas de peixe fizémos 5 refeições: jantar + 1 almoço para os mim e para o P + 1 dose extra da qual eu me apoderei... porque estava mesmo bom ;)
Inspirada pelas maravilhosas receitas de chocolate do livro "Cozinha Saudável" da Mafalda Pinto Leite, decidi fazer uns chocolatinhos caseiros, com sabor a lavanda.
Adaptei a receita base de chocolate preto do livro para metade, dado que tinha apenas 125g de manteiga de cacau, e utilizei mel aromatizado com lavanda e 2 colheres de chá de lavanda de culinária, ambos vindos da Croácia, onde estivémos de férias em Junho.
Começei por derreter a manteiga de cacau, o mel e o óleo de côco em banho maria. Retirei do lume, e juntei o cacau puro em pó, e a lavanda e mexi durante cerca de 5 minutos. Depois coloquei em formas, e levei ao congelador cerca de 1 hora, até solidificar.
O sabor ficou forte, não é adequado para quem não gosta de chocolate preto. Para quem gosta, como eu, ficou maravilhoso :)
Doce q.b. e com o sabor da lavanda bem acentuado, a lembrar flores e o Verão!
Ingredientes (parti os ingredientes da receita a meio):
Hoje de manhã acordei com um súbito desejo de comer estes muffins que publiquei há uns tempos, a versão de banana e canela. Mas como este fim de semana não estamos em casa, e tinhamos alguns ingredientes em falta, nomeadamente ovos suficientes e sultanas... decidi fazer um mix entre a receita dos muffins de 3 ingredientes e esta receita de panquecas de aveia e quinoa, com as quais ainda babo ;)
Com a ajuda do meu super ajudante P, que esteve a lavar, limpar e untar as formas nos 5 minutos que demorei a preparar os muffins, tinhamos os muffins no forno em menos de 10 minutos e, graças ao seu tamanho reduzido, noutros 15 estavam prontos a comer (10 minutos de forno + 5 de arrefecimento).
Comecei por esmagar 2 bananas maduras, às quais juntei 6 colheres de sopa de aveia, 2 ovos, 1 colher de chá cheia de canela e 2 colheres de sopa de leite de amêndoa. Misturei tudo, e coloquei nas formas com a ajuda de uma colher de chá (as formas eram mesmo mini), e levei ao forno pré-aquecido até ficarem douradinhos por cima e secos por dentro (à falta de palitos, testei a cozedura com a parte de trás de um fósforo ;)).
Quando estavam suficientemente frios para desenformar, coloquei-os num prato e reguei-os com uma colher de chá de mel, para ficarem mais docinhos :) E as simple as that, o meu desejo ficou satisfeito! Sem culpas :)
Ingredientes (deu para 24 mini muffins):
2 bananas maduras
6 colheres de sopa de aveia
2 colheres de sopa de leite de amêndoa (podem usar qualquer outro)
Esta receita foi uma surpresa muito agradável. Um destes dias comprei tofu no supermercado e tenho estado a fazer-lhe olhinhos desde então. Apetecia-me fazer algo doce com o tofu, mas que fosse suficientemente saudável para comer ao pequeno almoço.
Decidi ir juntando ingredientes e fazer uma espécie de cruzamento entre queijo creme para barrar e uma manteiga de amêndoa. Um creme para barrar doce, mas rico e nutritivo.
Utilizei tofu normal, cerca de 130g, 25g de pasta de tâmaras medjool, 1 colher de café de canela e outra de pasta de baunilha, 1 colher de chá de tahini e 1 colher de sopa de geleia de côco, e bati tudo no processador até ficar cremoso. Depois barrámos o creme numa fatia de pão de aveia da Miolo e comemos ao pequeno almoço, acompanhado com fruta, compota de abóbora e um copo de leite de amêndoa com canela.
Ficou tão bom que queria experimentar adaptá-la para uma versão de sobremesa, com nozes partidas e um fio de mel por cima, mas desapareceu tão rápido que não tive a oportunidade de o fazer. Fica a sugestão :)
Estou constantemente à procura de petiscos alternativos para as nossas jantaradas, que fujam dos ovos mexidos, chouriço assado, ou espinafres com cogumelos que tanto conhecemos. Este petisco é absolutamente delicioso, demora 10 minutos a fazer, sem ser demasiado alternativo, a ponto de "chocar" os mais sensíveis ;)
Salteámos um saco de couve portuguesa que tinhamos congelado (diretamente da horta dos pais do P para a nossa mesa), cerca de 10-15 minutos com azeite, molho de soja, alho, e umas pedrinhas de sal. Depois juntámos 1/3 de um enchido de soja (50g) e deixámos fritar mais 5 minutos. Por fim, servimos ainda quentinho com o papadam, que fritámos em óleo de côco 2 minutos de cada lado, partido em pedaços a imitar "nachos".
Para quem não conheçe, o papadem é uma espécie de tortilha indiana, feita com farinha de grão. O nosso era uma variedade com sabor a alho, ligeiramente picante, que ficou perfeito com as couves e a "farinheira".
Deliciámo-nos, sem culpas :)
Ingredientes (podem aumentar as quantidades, consoante o nº de convidados):
Ainda um destes dias alguém me perguntava como costumo cozinhar as favas. Para além do tradicional prato de favas com entrecosto e enchidos, é pouco comum vermos receitas com favas. Pessoalmente gosto muito de favas salteadas com legumes, creme de favas, entre outras receitas. Ou de migas de couve portuguesa com favas e broa de milho. Tão BOM!!!
Aproveitámos um saco de favas que tinhamos congelado, e decidimos fazer esta saladinha, fresca e saborosa para acompanhar um rolo de carne com espinafres e queijo (sem lactose). Começámos por cozer as batatas com casca durante cerca de 10-12 minutos, em água com sal. Entretanto salteámos as favas cerca de 15-20 minutos em azeite, sal e alho, e juntámos curgete cortada em cubos 5 minutos antes das favas estarem prontas. No final, juntámos amêndoa laminada, e um molho feito com bastante manjericão (15 ou 20 folhas), sumo de uma lima, um bom fio de azeite e umas pedrinhas de sal.
Para preparar o molho juntámos todos os ingrediente no processador, e batemos para unir os ingredientes mas ainda ficar com alguns pedaços de manjericão visíveis.
É uma alternativa bastante fresca para o Verão, barata, e que rende bastante ;)
Ingredientes (depende do nº de pessoas, a nossa deu para 6 refeições - 3x2):